O futuro é digital?
O medo é fundamental para o progresso? Quando falamos no futuro e no desenvolvimento das organizações falamos, na maior parte das vezes, nos avanços tecnológicos e digitais mas esquecemo-nos muitas vezes do verdadeiro motor do futuro: as pessoas.
Onde marcará o homem a diferença? Em tirar o partido das máquinas. A tecnologia permitirá o progresso das pessoas… as tarefas mais algorítmicas vão passar a ser realizadas pelas máquinas, libertando as pessoas dos trabalhos mais rotineiros. Desta forma, ficaremos mais libertos para atingir níveis de complexidade cognitivos superiores.
Contudo, surge a questão: “Os robôs vão poder ter emoções programadas?” Sim. Muito, provavelmente, em breve. Mas serão emoções programadas para determinados atos e ações, nunca poderão sentir de forma real o medo, a culpa ou até mesmo ter sentido de ética. E é a leitura das emoções que alerta para melhores tomadas de decisões, menos instintivas e mais ponderadas, e isso são capacidades que nunca serão retiradas ao homem pelas máquinas.
Vamos ter maior capacidade de desenvolver o sentimento, vamos ter mais tempo para pensar e transcender: dar o salto qualitativo nas relações e no desenvolvimento. É o sentimento com que fazemos as coisas que nos distingue das máquinas. E isso nunca poderá ser substituído.
Comportamento dos consumidores
Mas o mais importante é que o futuro não pode ser encarado como homem vs máquinas. As relações de trabalho evoluirão. A conetividade entre homens e máquinas será cada vez maior. As experiências serão individuais e personalizadas. A máquina será programada em função de cada utilizador. O comportamento dos consumidores evoluirá mas o sentimento que colocamos nas coisas é que fará a diferença. As máquinas poderão dar dados fidedignos mas não são capazes de os interpretar. Vão acelerar processos e permitir que ganhemos tempo para analisar de forma construtiva e evolutiva.
Mas não nos tirarão o lugar se formos perspicazes e soubermos tirar o melhor partido delas.